Pedro e o Mar

Era uma vez um menino lindo, bonito, belo-belíssimo que tinha uns olhos enormes e brilhantes. Uns olhos que cabiam o mundo inteiro dentro deles. Aliás olho é como uma grande janela que nos faz passear e descobrir tantos lugares em uma piscadela só.
Esse menino bonito também tinha um par de cílios que mais pareciam cortinas, de tão enfeitados que ficavam os seus olhos com aquele adereço de pelinhos engraçados que faziam dos seus olhos, mais encantadores ainda.
E esses olhos sabiam olhar de um jeito, mas de um jeito.... que fazia brilhar tudo a sua volta! Esse menino era cheio de histórias, porque tudo o que ele via, ele sonhava e criava uma nova história. Seja flor, caracol, skate, natal
seja carrinho, montanha, elefante ou gigante
seja uma estrelinha perdida que mora lá no céu ou um bezouro dourado que gosta de visitar a janela do menino todos os dias.
Pois bem esse menino que adorava brincar, inventar imaginação nova só para distrair pensamento antigo, que adorava leite com chocolate, melancia geladinha e soldadinhos pequenininhos, que gostava mesmo de todas as coisas boas de se gostar.
Mas esse menino de cabelos cacheados e alma encantada tinha medo do mar.
É medo do mar, medo da altura das ondas, da dança forte que a correnteza fazia, da velocidade que a espuma se misturava na areia molhada tão de repente e mais medo ainda ele tinha mesmo do tamanho do infinito que assim visto de longe parecia maior ainda.... Ah! o mar!
Passaram-se horas, dias, anos como acontece em toda história que se preze.
E em um dia desses normais e felizes como existem de montão em qualquer rotina bonita, o menino de olhos grandes olhou para o mar como fazia sempre e sentiu uma vontade muito grande de se misturar dentro dele.
Vontade grande boa dessas quando bate dentro do peito só tem uma saída: seguir adiante!
Ele começou molhando os seus pezinhos na água azul-gelada bem de mansinho, achou graça e fez de novo.
Depois sentiu as ondas tão divertidas que resolveu brincar de pulá-las uma a uma como se fosse uma amarelinha, e ficou assim tão encantado com o mar que fez um castelinho bem alto no meio da areia para que ele pudesse ficar ali e sempre repetir as horas de brincadeira.
No mesmo dia o menino tomou mais coragem ainda e entrou dentro do mar com o seu Pai.
Ali no meio daquela imensidão cheia de sol, sal e conchinhas prateadas o menino se divertiu tanto, mas tanto que ele nunca mais quis ficar longe daquelas águas.
E foi assim mesmo que o menino que tinha medo do mar, jogou o medo para fora do peito e descobriu um mundo enorme de possibilidades e brincadeiras dentro do mar!


Pedro e o mar!

As ondas...

A alegria...

Pai e filho!