" Menininha do meu coração
Eu só quero você a três palmos do chão.
Menininha não cresça mais não,
Fique pequenininha na minha canção.
Senhorinha levada, batendo palminha,
Fingindo assustada do bicho-papão."
( Toquinho/ Vinicius de Moraes)
E a minha menininha está crescendo, crescendo como a primeira plantinha que ela plantou na escola e ficou uma semana inteirinha falando na sua planta, como eu deveria cuidar, como no sol ela deveria ficar para...crescer, crescer saudável e feliz!
Parece que foi ontem que a minha Carolina nasceu, com aquela boquinha tão vermelha igualzinha uma Branca de Neve, tão pequenininha, tão delicada e bonitinha, com os seus dedos longos e arrumados prontos para tocar um instrumento ou fazer pose de bailarina ( já eram enormes desde que saíu da barriga), os olhinhos cor de chuva, um tom assim que não existe na caixa de lápis de cor ( os seus olhinhos ficaram até uns 3 meses com uma cor só dela e depois escureceram e ficaram da cor dos meus), com um cheirinho tão bom, cheiro de flor, cheiro de menina, cheiro de Carolina, o meu amor! Ai minha filhinha do meu coração, coisa rica da minha vida, agora já está uma mocinha, com todo jeito de menina, não tem mais jeitinho de bebê, mesmo que para mim seja sempre minha bebezinha agarradinha no meu colo feito um sonho bom. Uma tagalera, irreverente, levada da breca, segura e confiante, forte com uma tempestade de verão, sonhadora e sorridente, leve e brincalhona, artista, pequena e preciosa, bonita demais, contadora de histórias, dançarina, aquariana do dia de Iemanjá, a senhora do mares, vaidosa demais, iluminada, bagunceira, sensível, carinhosa, temperamental, minha menina de cabelos da cor do sol e cintilante como a Lua.
E assim Carolina foi para o seu primeiro passeio na escola.
Eles foram para o Jardim Botânico, o dia estava lindo, um sol gigante no céu e muita alegria no ar! Foi muito especial, ela se divertiu muito e voltou cheia de história para nos contar.
Gravou o barulho da cachoeira com a Cintia, encontrou um passarinho morto embaixo da árvore, viram a Vitória Régia de pertinho dentro do lago e fora dos livros, abraçaram árvores ( Você já abraçou uma árvore?? Eu já! Abraçar uma árvore é uma experiência única que até os adultos tem que praticar de vez em quando porque é ótimo...muita energia boa, viva...), conheceu diversos tipos de flores e folhas, correu pela grama, respirou aquele ar inteiro e colorido que circula por lá, brincou, riu, fez ciranda, imitou os animais...pintou memórias felizes em seu coração de menina.
Foi um passeio para lá de especial!
O Jardim Botânico é um lugar incrível mesmo. Eu adoro e é um local que faz parte da minha memória de vida, faz parte da minha história.
Quando pequena ía para lá com a minha mãe e o meu pai para catar girino, dava comidinha para os peixes ( hoje em dia acho que nem pode mais), tirava foto fazendo pose do lado das árvores altas e adorava ficar imaginando que eu poderia ficar em cima de uma Vitória Régia e sair passeando pelo lago.
Depois fui mais tantas outras vezes para passear, com a escola, com amigos, para fotografar na época da faculdade e fui muitas vezes com o meu marido também...é tão romântico!
E não foi à toa que Albert Einstein, quando visitou o Jardim Botânico em 1925 ( quanto tempo atrás!), amante da natureza, encantou-se com a formosura de um jequitibá-rosa, árvore nativa do Brasil. E no final da sua excursão emocionado, abraçou o gigante vegetal e beijou suas raízes.
E no livro de visitas Einstein relatou que: “A visita ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro, foi um dos maiores acontecimentos de minha vida”.
Concordo com Einstein, o nosso Jardim Botânico é um dos lugares mais mágicos e lindos da nossa cidade.
E Clarice Lispector, minha escritora favorita também se maravilhava por completo com o esse nosso Jardim Encantado:
" Eu ia ao Jardim Botânico para quê? Só para olhar. Só para ver. Só para sentir. Só para viver. Saltei do táxi e atravessei os largos portões.
A sombra logo me acolheu.
Fiquei parada. Lá a vida verde era larga. Eu não via ali nenhuma avareza: tudo se dava por inteiro ao vento, no ar, à vida, tudo se erguia em direção ao céu.
E mais: dava também o seu mistério."
Ai Clarice...cronista da alma feminina, carpinteira de todos os nossos mistérios!
E Carolina e Pedro que me entregaram o maior de todos os mistérios divinos: a maternidade!
Bonequinha linda dentro do ônibus seguindo viagem...
Era uma vez uma menininha de cabelos cor do sol que era muito curiosa e perguntadeira...
Amei essa foto! Carolina na janela encantada com a paisagem!
E uma gatinha de frufru rosa choque no meio dos meninos rs!
A realidade é sempre muito mais interessante que a fantasia!
Que linda essa foto!
( a minha Carol é a de Frufru rosa lá no meio rs!)
Andando, explorando, observando, sentindo...
Que delícia!
Carolina, sua turminha e a Tia Clédia!
( fazendo um sorriso...)
4 comentários:
Amiga , que delícia de passeio e que lindeza de filha !!! Açém disso tudo , que delícia que é ler o que você escreve ... poesia pura .
Beijinhos
Nossa Clarice tinha a maior qualidade das crianças: ver as coisas como se fosse a 1a vez.
Beta...a minha xará é mtoo charmosaa!!!
Betaaaaaaaaaa!!! td por aqui no seu pedaço é tão colorido, cheio de ternura e beleza...tão bom!!! Muito bom te ler...porque é tão autentico, é tão...vc! Essa coisa de ser poeta é um quê a mais que corre pelas veias e transborda pelos poros!!! vc é linda Beta-poeta! Fico sempre feliz de ter V/Ler, fico feliz de ver o qto vc tá feliz - me faz tb feliz = contagia! Que Deus conceda cada vez mais esse dom maivilhoso em sua vida: ser e fazer feliz!!!
Ah...e estas estréias?!?! é muito valioso ter crianças conosco.é?!...nossos valores mais puros e belos afloram...temos que saber aproveitar!........ beijo grande!
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