Vida de Pedro & Carolina

aqui falaremos dos nossos....

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Hoje fui levar o Pedro na escola como faço todos os dias, fiquei sentada na cantina observando-o e mandando beijinhos no ar. Ele sentadinho no chão com a sua turma e as suas professoras, vem sempre me dar um abraço gostoso, inventa algum assunto para me falar, dá um beijo na Carol e sempre antes de subir para a sua sala, ele me tasca um beijinho delicioso e pede para que eu fique esperando lá embaixo enquanto ele está na aula.
Esse é o nosso combinado que traz segurança e conforto para ele. E eu nunca falei para ele que realmente eu voltava para casa. Mesmo ele já estando super adaptado, eu o espero subir para a sua sala e só depois vou embora.
E sempre chego uns dez minutos antes da saída, porque eu amo vê-lo descendo aquelas escadas todo feliz da vida chamando o meu nome aos quatro ventos.
É muito lindo, ele fala assim:
- Minha Mamãe! Minha Mamãe!! Enquanto vai descendo as escadas e em seguida vem me dar um abraço apertado.
Só que hoje porque estava começando a chover, nós nos despedimos, eu o vi subindo as escadas e já peguei a Carolina para irmos embora logo antes que a chuva apertasse.
Eu só não contava que ele ainda estivesse no meio da escadaria. Ele olhou para baixo e me viu indo para a porta da saída, na mesma hora falou para uma professora que passava (que não era nenhuma das professoras dele):
- A minha mamãe, ela está indo embora.
E a professora que não sabia nada do nosso trato, falou no ato:
- Todas as mães vão embora.
Ai... fiquei com o coração tão apertado. Enfim tantos meses que temos o nosso combinado e em uma tarde de chuva, ele vai para o ralo.
Eu na mesma hora lembrei daquela frase do Cazuza: mentiras sinceras me interessam!
Eu tenho e sempre quero ter uma relação de sinceridade e diálogo com os meus filhos, mas se eu puder evitar que eles sofram e para isso eu tenha que omitir alguma parte da história, o farei com tranquilidade sem pensar duas vezes!
Não quero criá-los achando que o mundo é só cor de rosa, mas se depender de mim eles vão sempre ver o lado bom de tudo, vão sempre acreditar que tudo é possível e que a felicidade existe e é nosso direito divino.

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É impressionante e mágico como uma criança aprende com a outra e quando são irmãos então... multiplica-se esse aprendizado ao triplo. Eu sempre me pego pensando como a Carolina absorve tudo o que o Pedro faz. É incrível como basta ele fazer uma coisa uma vez que na mesma hora ela faz igual ou tenta fazer.
Ela quer imitá-lo em tudo, até trejeitos, como o barulhinho que ele faz quando está com a mamadeira na boca antes de dormir, ela faz igualzinho.
E nós muitas vezes ficamos um tanto surpresos com os avanços e aventuras da nossa menina-sapeca-levada-da-breca.
A nova dela é pegar o puf da sala, arrastá-lo até a estante onde fica a TV e o DVD, subir em cima do puf, ligar o DVD, colocar o DVD e em seguida sair a procurar o controle remoto, falando:
- Tole? tole? (e se abaixa em todos os lugares para ver se encontra o controle remoto).
E depois já com o controle em mãos, ela aponta para a TV e diz:
- play...play...
Tudo certinho, Carolina aprendeu com o Pedro todo o funcionamento do aparelho de DVD.
Já escolhe os seus filmes favoritos e consegue sozinha colocá-lo para funcionar. Eu posso?Lembro que quando eu tinha a idade deles, eu nem sabia da existência de um aparelho de vídeo cassete, quiçá um computador. A minha diversão eram os disquinhos com as suas histórias maravilhosas de conto de fadas, ir a praia, brincar na rua, ler histórias, brincar com as minhas bonequinhas de papel, assistir desenhos na televisão e inventar alguma bagunça boa em casa.
Pedro e Carolina continuam fazendo todas essas brincadeiras e mais muitas outras.
Mas tudo mudou muito. Essa geração tem o dobro de informação que tínhamos na nossa época. E ao meu ver é uma geração altamente tecnológica.
O Pedro por exemplo, sabe ligar o computador sozinho, domina o mouse com perfeição, sabe o lugar certo de clicar no que ele deseja, adora os joguinhos virtuais e tenho certeza que daqui há poucos anos ele vai estar sabendo mexer mais do que eu, nessa máquina que agora escrevo essas observações. Eu acho muito bom que existam mais ferramentas para que eles possam aprender mais. Porém sou completamente contra uma criança ficar um dia inteiro em frente a TV ou se divertir mais com jogos no computador do que uma bola.

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3 comentários:

Vívian disse...

Beta, a Flávia Bergqvist e a Fabi elogiaram tanto os seus textos que vim aqui dar uma conferida e amei o seu blog! Adorei tudo: sua família linda, seu alto-astral misturado com um jeitinho meigo e sua facilidade de escrever belos textos!
As duas te indicaram para fazer parte do "Amélias ao Avesso" e vejo que elas têm toda a razão, acho que seria muito legal ver seus textos desfilando por lá!
Se quiser, o convite está às ordens! É só mandar o seu e-mail para eu encaminhar o convite!
Beijos!

Fabi Cimieri disse...

Beta,
Já vi que a Vi se antecipou e já te convidou, rsrsr. Eu tava esperando te encontrar online para falar.
Sobre o trato com o Pedro, eu tb sou a favor da sinceridade, mas tem horas que essas mentirinhas valem a pena sim. Acho que nessa idade a gente tem que entrar no mundo deles, Li uma vez num livro que dizia isso: não adianta vc explicar para uma criança de 4 anos que o mostro não existe. é mais fácil e eficaz vc pegar o monstro e jogar pela janela.
Qdo a Cat de noite depois de horas e horas de farra continua querendo que eu conte pela milésima vez a história da chapeuzinho, eu digo que ela, o lobo, o caçador, a vovó e todo mundo já foram dormir. Por incrível que pareça, essa explicação convence ela mais do que qq outra coisa que eu diga. Ela deita quietinha e dorme. Psicologia infatil é isso aí, rsrsrs
Qto aos botões, menina, criança do século 21 já nasce sabendo apertar.
bjks
Fabi
Ah, aceita escrever no Amélias, vai, aceita, aceita!!!

Flávia Bergqvist Teixeira disse...

Beta, esse seu texto me lembrou de uma coisa... A Giovanna (minha mais velha) acreditou em papai Noel até mais ou menos os 8 anos. Td mundo reclamava, dizia que ela era grande demais pra acreditar, mas puxa... Ela ficava tão encantada no Natal, escrevia cartinhas, colocava o sapatinho na janela... Pq eu ia quebrar esse encanto? Pois bem, não é que a escola um dia passou um texto pra turma dela, com o título: "Papai Noel não existe"? Ela chegou em casa arrasada, tadinha. A escola não sabia que ela acreditava, mas puxa... Mandar assim, "na lata", que o bom velhinho não existe foi um balde de água fria pra menina.
Eu tb sou a favor da verdade sempre, mas tem certas coisas que fazem eles tão felizes e tão seguros, que vale a pena omitir.
Ah! Já vi pelos recados que vc aceitou o convite pra escrever pro Amélias... Fiquei super feliz! Qdo eu li aquele blog a primeira vez, lembrei imediatamente de vc: mãe em tempo integral que não é Amélia, que não deixou de ser vaidosa e inteligente por estar em casa só cuidando dos filhos e do marido.
Nos banqueteie com seus textos!
Bjks!